Tuesday, October 10, 2006

A SEGUNDA DESCOBERTA DO BRASIL - 18

Eu tinha ameaçado que ia falar de favelas e coisas assim, mas afinal de contas não vou, por vários motivos. Primeiro porque já fui polémico que chegue, já levei cada bordoada na cabeça que nem imaginam, em segundo lugar porque hoje tive um dia tão espectacular que não me apetece falar de favelas, tenham paciência.
Hoje de manhã e porque o ianque disse que não lhe apetecia, eu e o alemão meu companheiro de quarto lá nos decidimos a correr mais um bocadinho. O homem está mesmo doente, tem 31 anos e estava eu ainda fresco como uma alface,( estávamos a meio de Copacabana) disse-me que queria regressar, tudo bem, fiz-lhe a vontade. Depois disse-lhe que nos últimos 2 kms já em Ipanema podia acelerar o ritmo se lhe apetecesse, disse-me que não, o homem estava mais que rôto.
Resultado tive de andar a um passo ainda mais lento que o meu.
Depois do pequeno-almoço ( que os meus irmãos brasileiros me desculpem, eu respeito café da manhã mas não me consigo habituar), eu e o alemão e o americano decidimo-nos a ir visitar o Pão de Açucar, e lá fomos, o tempo não estava famoso mas não choveu, claro que com sol tudo teria sido melhor, mas enfim...
Quando chegámos ao Pão de Açucar um tipo interpelou-nos, ele queria que nós pagássmos 35 reais para irmos com ele visitar o Corcovado, além disso ele parava onde nós quiséssemos para tirar fotos etc.
Fiquei meio desconfiado com tanta fartura mas adiante. Lá visitámos o Pão de Açucar, vistas maravilhosas e tal e tal, é mesmo muito bom visitar o Rio de Janeiro, estou encantado com a cidade. Saímos do Pão de Açucar e o nosso homem lá estava firme no seu pôsto à nossa espera.
E de facto tudo se passou como ele disse, por 35 reais levou-nos ao Corcovado, parou para tirarmos fotos onde queríamos etc. Claro que não preciso de dizer que do Corcovado se tem vistas espantosas, só vendo, contado não dá para explicar.
O nosso guia deixou-nos no simpático bairro de Sta. Teresa, um bairro megasimpático com casas pequenas, mercearias à antiga com balanças onde as pessoas ainda pesam à mão etc.
Descemos num elétricozinho até ao centro da cidade e depois regressámos ao albergue.
No albergue havia umas ofertas mais baratas, do género um pedia uma caiprinha e recebia duas etc, e os pratos todos tinham 20% de desconto, pelo que nos resolvemos a ficar por lá.
Hoje é provávelmente o último dia em que vos escrevo do Brasil, amanhã parto para a Alemanha com muita mágoa. Eu disse a algumas pessoas que já sabia antecipadamente que ia gostar do Brasil, o meu problema é se iria gostar muito, muito, muito ou só muito, muito. Meus amigos brasileiros eu gostei, muito, muito, muito, muito do vosso país.
Talvez amanhã se ainda tiver tempo e paciência escreva mais qualquer coisa, senão escrevo o último mail das minhas crónicas por terras brasucas já da Alemanha.

Henrique

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