A SEGUNDA DESCOBERTA DO BRASIL - 4
Eu sei que como qualquer dependente do alcool ou de produtos alucinogéneos vocês estao á espera da vossa dosezinha, por isso eu sou bondoso e não vos faço esperar mais.
Ontem de manhã e após o pequeno-almoço e de uma partida de xadrez com o Nivaldo ( perdiiiiiii, buááááááá´) fomos dar um passeio e criar apetite para o almoco no parque de Ibirapuera, nome de origem bem portuguesa como já notaram. Não, claro que não é, evidentemente. O nome é de origem india tupi-guarani e quer dizer mais ou menos: pau pôdre, árvore velha, apodrecida. É uma enorme zona verde, com museus, zonas de lazer, montes de pessoal a fazer jogging, a andar de bicicleta, ou simplesmente como nós a passear bebendo uma deliciosa água de côco bem fresquinha. Ainda antes de almoçar, fomo-nos encontrar com um outro amigo aqui de S. Paulo e uma outra mocinha amiga dele e minha, ou seja o Marcos e a Delminha. Para sorte do Marcos ele é também do Palmeiras, pelo que o Nivaldo se deu também muito bem com ele, se o Marcos fosse do Corinthians outro galo cantaria, estas coisas do futebol são tomadas muito a sério aqui no Brasil e pertencer ao clube "errado" é um crime grave. O ponto de encontro com o Marcos e a Delminha foi no Ponto Zero, um local situado mesmo ao lado da Sé Catedral aqui de S. Paulo. Esse tal Ponto Zero é o sítio a partir do qual são marcadas todas as distâncias no Brasil inteiro. Já que estávamos ali e como nenhum dos paulistas presentes (e eu muito menos claro! ) tinha até agora visitado a Sé, lá fomos fazer uma visita ao belo edíficio neo-gótico.
Fomos depois almoçar uma feijoada à brasileira ao Bolinha, um restaurante óptimo numa zona chiquérrima aqui de S. Paulo. Ora bem, como nós somos pessoas prudentes e sabemos que aqui no Brasil as pessoas exageram um pouco nas doses, pedimos só duas doses para três. Bom, eles trouxeram dois enormes tachos que davam para nas calmas matar a fome a um pequeno país do terceiro mundo, cheios de uma sensacional feijoada, com todas as carnes secas e não secas, linguiça, feijão, arroz à parte etc etc. Antes tinhamos comido já umas coisinhas no andar superior enquanto esperávamos por mesa, uns croquetezinhos, uns torrêsmos e umas caipirinhas, tudo uma delícia. Eu vou fazer como ontem e negar-me a dar pormenores acerca da quantidade que comi, deixo isso à vossa imaginação.
Depois daquela refeição de proporções gigantescas fomos a uma livraria muito boa que fica situada num centro comercial. É de facto uma livraria que tem de tudo ( desde que sejam livros claro) muito moderna e onde dá muito prazer passar umas horas, vendo esta capa, folheando este livro, lendo um pouco aqui ou acolá.
Queria aqui fazer um parêntesis. Eu tinha falado no MSN com alguns dos meus amigos e embora nos entendêssemos, devido à qualidade por vezes deficiente da transmissão eu notava que eles às vezes tinham dificuldade em me entender e estava um pouco apreensivo. Mas não, a comunicação é facílima e qualquer pessoa na rua me entende sem esforço e para mim é um enorme prazer falar com as pessoas e ler tudo quanto me cerca e entender tudo sem necessitar de traduzir ou caso nao fosse capaz por estar definitivamente numa lingua que eu não entendo, ficar sem perceber. É uma sensação maravilhosa estar rodeado de lingua portuguesa por todo o lado.
Depois disso viemos para casa. Antes disso passámos rápidamente por outro centro comercial para comprarmos umas coisas que o Nivaldo e a Janete precisavam, o Shopping Interlagos, sim, para aqueles entre os que me lêem e que são atentos à Fórmula 1, esse centro comercial fica muito próximo da pista, aliás como a casa do Nivaldo e da Janete, quando há corridas eles podem ouvir ao longe mas com alguma nitidez o barulho dos motores dos bólides.
Chegados a casa, entretanto tinham passado umas boas horas, faço aqui outro parêntesis para fazer notar que devido às proporções gigantescas da cidade, mesmo ao fim de semana o tráfico automóvel é bastante intenso, aqui em S. Paulo há ruas dentro da cidade com seis faixas em cada sentido, três e quatro faixas é "normal", e ir de A para B implica fazer dentro da cidade 10, 15 Kms. e mais, só para ir ali adiante. Prosseguindo, dizia eu que chegámos a casa e comemos um petisquinho ligeiro e bebemos uma garrafinha de branco bem fresquinha. A conversa fluíu ligeira e informal, ouvimos música, rimos, contámos histórias. O Nivaldo e a Janete são óptimos anfitriões ( eles estão aqui a lêr por cima do meu ombro e o facalhão que o Nivaldo tem na mão é enorme, pelo que eu sou sou obrigado a escrever estas coisas) e têm tido uma enorme paciência comigo, explicando-me tudo, mostrando-me ruas ( já me esquecia de dizer que fomos à Avenida Paulista, a rua mais famosa aqui de S. Paulo ), falando-me de lugares interessantes etc etc.
Cerca da uma da manhã e quando eu já ameaçava adormecer de cansaço mesmo ali no sofá, lá fomos dormir. Hoje de manhã, lá puz o despertador para as 6 da manhã, só para vos poder escrever e não vos deixar assim tristonhos e à míngua de notícias.
Eu prometi que desta vez não ia mandar mails tão compridos e até agora tenho cumprido não é verdade?
Henrique
Ontem de manhã e após o pequeno-almoço e de uma partida de xadrez com o Nivaldo ( perdiiiiiii, buááááááá´) fomos dar um passeio e criar apetite para o almoco no parque de Ibirapuera, nome de origem bem portuguesa como já notaram. Não, claro que não é, evidentemente. O nome é de origem india tupi-guarani e quer dizer mais ou menos: pau pôdre, árvore velha, apodrecida. É uma enorme zona verde, com museus, zonas de lazer, montes de pessoal a fazer jogging, a andar de bicicleta, ou simplesmente como nós a passear bebendo uma deliciosa água de côco bem fresquinha. Ainda antes de almoçar, fomo-nos encontrar com um outro amigo aqui de S. Paulo e uma outra mocinha amiga dele e minha, ou seja o Marcos e a Delminha. Para sorte do Marcos ele é também do Palmeiras, pelo que o Nivaldo se deu também muito bem com ele, se o Marcos fosse do Corinthians outro galo cantaria, estas coisas do futebol são tomadas muito a sério aqui no Brasil e pertencer ao clube "errado" é um crime grave. O ponto de encontro com o Marcos e a Delminha foi no Ponto Zero, um local situado mesmo ao lado da Sé Catedral aqui de S. Paulo. Esse tal Ponto Zero é o sítio a partir do qual são marcadas todas as distâncias no Brasil inteiro. Já que estávamos ali e como nenhum dos paulistas presentes (e eu muito menos claro! ) tinha até agora visitado a Sé, lá fomos fazer uma visita ao belo edíficio neo-gótico.
Fomos depois almoçar uma feijoada à brasileira ao Bolinha, um restaurante óptimo numa zona chiquérrima aqui de S. Paulo. Ora bem, como nós somos pessoas prudentes e sabemos que aqui no Brasil as pessoas exageram um pouco nas doses, pedimos só duas doses para três. Bom, eles trouxeram dois enormes tachos que davam para nas calmas matar a fome a um pequeno país do terceiro mundo, cheios de uma sensacional feijoada, com todas as carnes secas e não secas, linguiça, feijão, arroz à parte etc etc. Antes tinhamos comido já umas coisinhas no andar superior enquanto esperávamos por mesa, uns croquetezinhos, uns torrêsmos e umas caipirinhas, tudo uma delícia. Eu vou fazer como ontem e negar-me a dar pormenores acerca da quantidade que comi, deixo isso à vossa imaginação.
Depois daquela refeição de proporções gigantescas fomos a uma livraria muito boa que fica situada num centro comercial. É de facto uma livraria que tem de tudo ( desde que sejam livros claro) muito moderna e onde dá muito prazer passar umas horas, vendo esta capa, folheando este livro, lendo um pouco aqui ou acolá.
Queria aqui fazer um parêntesis. Eu tinha falado no MSN com alguns dos meus amigos e embora nos entendêssemos, devido à qualidade por vezes deficiente da transmissão eu notava que eles às vezes tinham dificuldade em me entender e estava um pouco apreensivo. Mas não, a comunicação é facílima e qualquer pessoa na rua me entende sem esforço e para mim é um enorme prazer falar com as pessoas e ler tudo quanto me cerca e entender tudo sem necessitar de traduzir ou caso nao fosse capaz por estar definitivamente numa lingua que eu não entendo, ficar sem perceber. É uma sensação maravilhosa estar rodeado de lingua portuguesa por todo o lado.
Depois disso viemos para casa. Antes disso passámos rápidamente por outro centro comercial para comprarmos umas coisas que o Nivaldo e a Janete precisavam, o Shopping Interlagos, sim, para aqueles entre os que me lêem e que são atentos à Fórmula 1, esse centro comercial fica muito próximo da pista, aliás como a casa do Nivaldo e da Janete, quando há corridas eles podem ouvir ao longe mas com alguma nitidez o barulho dos motores dos bólides.
Chegados a casa, entretanto tinham passado umas boas horas, faço aqui outro parêntesis para fazer notar que devido às proporções gigantescas da cidade, mesmo ao fim de semana o tráfico automóvel é bastante intenso, aqui em S. Paulo há ruas dentro da cidade com seis faixas em cada sentido, três e quatro faixas é "normal", e ir de A para B implica fazer dentro da cidade 10, 15 Kms. e mais, só para ir ali adiante. Prosseguindo, dizia eu que chegámos a casa e comemos um petisquinho ligeiro e bebemos uma garrafinha de branco bem fresquinha. A conversa fluíu ligeira e informal, ouvimos música, rimos, contámos histórias. O Nivaldo e a Janete são óptimos anfitriões ( eles estão aqui a lêr por cima do meu ombro e o facalhão que o Nivaldo tem na mão é enorme, pelo que eu sou sou obrigado a escrever estas coisas) e têm tido uma enorme paciência comigo, explicando-me tudo, mostrando-me ruas ( já me esquecia de dizer que fomos à Avenida Paulista, a rua mais famosa aqui de S. Paulo ), falando-me de lugares interessantes etc etc.
Cerca da uma da manhã e quando eu já ameaçava adormecer de cansaço mesmo ali no sofá, lá fomos dormir. Hoje de manhã, lá puz o despertador para as 6 da manhã, só para vos poder escrever e não vos deixar assim tristonhos e à míngua de notícias.
Eu prometi que desta vez não ia mandar mails tão compridos e até agora tenho cumprido não é verdade?
Henrique


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