Tuesday, October 10, 2006

A SEGUNDA DESCOBERTA DO BRASIL - 3

Para simplificar vou dizer desde já que todas as pessoas que conheço aqui no Brasil, algumas delas irei encontrar durante esta viagem, outras infelizmente ficará para uma próxima, o meu conhecimento com elas advém do meu fraquinho por jogar xadrez. O meu nível xadrezístico oscila entre o muito mau e o péssimo mas isso não vem agora para o caso.
O que é certo é que em Setembro/Outubro de 2002 descobri na Internet um site óptimo que tem vários jogos entre eles xadrez. Lá pode-se jogar e ao mesmo tempo falar com gente de todas as idades, nacionalidades, níveis de jogo etc. Já agora passo o site www.flyordie.com
Um belo dia para aí em Outubro de 2002 comecei a jogar com um simpático menino chamado Guilherme que tinha na altura 8 anos. Jogámos e falámos várias vezes até que ele um dia me disse que o pai me queria conhecer. Ok disse eu, que me estava pelando por conhecer gente nova e do Brasil então nem se fala. O pai do menino era um tal Nivaldo que morava ( e mora! ) em S. Paulo e que os mais atentos dos meus leitores certamente já calcularam certamente que é o mesmo que me foi buscar ao aeroporto. Falámos, trocámos impressões, achámo-nos mutúamente simpáticos e fomos cimentando uma amizade, pouco a pouco fui apresentado ao resto da família, à esposa Janete e ao filho mais velho Gregório. Entretanto institicionalizaram-se quase tradições como seja passarmos a passagem do ano "juntos", eles em S. Paulo e eu em Hamburgo por exemplo, via net claro.
Eu e o Nivaldo entretanto jogámos varíadíssimas vezes xadrez, eu quase sempre levei bordoadas monstras, manda a verdade que se diga.
Descrevendo um pouco a simpática família onde estou a dormir durante 3 dias e 3 noites ( que diabo, eu tenho de dizer bem deles, eu estou a viver aqui em casa e eles vão ler isto ), o Nivaldo é um brasileiro de lei, como nós imaginamos que um brasileiro seja, bem disposto, alegre, afável, sempre pronto a fazer uma piada, enfim uma daquelas pessoas de quem só se pode gostar, o mesmo se pode dizer da Janete, não parece muito brasileira, lourinha e de olho verde, óptima dona de casa, cozinheira de mão cheia ( aquela lasagna!!! ) para além de ser adorada por marido e filhos, é quase idolatrada pelas futuras "noras" a Carol com 18 e a Sara com 14. Se o Nivaldo é o pólo financeiro deste lar a Janete é o polo de apoio logístico, é de certo modo a alma desta família, da qual ela tem as rédeas bem na mão. A descrição da família fica feita com o Gregório, um "pequenote" com um metro e quase noventa, de fala muito agradável, responsável, que trabalha e estuda ( com belíssimas notas aliás ) com uma notável maturidade para os seus 19 anos. O mesmo se pode dizer do culpado do "crime", do mais novinho, do Guilherme que com 12 anos, já anda pelo metro e setenta. É um óptimo aluno, sem patetices pubertárias, e já é difícil dizer dele que é uma crianca, tem poses e maneiras de estar muito adultas sem ser afectado ou arrogante.
Pronto, espero que já ter dito o bem suficiente para ter ganho o direito à estadia desta vez e para as próximas vezes.


Henrique

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