Friday, December 01, 2006

Histórias do reino do Siao - 12

Ora vamos lá falar de coisas sérias, por exemplo do meu almoço de ontem. O "Vela latina" tinha quer por fora quer por dentro muito bom aspecto, mas nós bem sabemos que quem vê caras não vê corações e só se vê se a frutinha está bichosa depois de a abrir.
Mandei vir como entrada uns camarões, diziam eles que eram picantes e com alho. Eu receei que fossem uns camarõezitos pequenotes, descascados e envoltos numa molhanga. É que isto de molhangas tem muito que se lhe diga, de umas eu gosto muito, de outras não gosto mesmo nada. Nada a reclamar, eram 8 bichinhos granjolas bem grelhados, inteiros, com carola e tudo, com umas rodelas de piri-piri e um montão de alho frito quase pulverizado, eram frescos e estavam óptimos.
Como prato principal mandei vir bacalhau com natas. Ora aqui é que a suína torce a cauda. É um pitéu que eu adoro e estava com curiosidade em saber como eles o faziam lá.
Vamos a ver: Tinha bacalhau? Tinha sim senhor! Tinha natas? Tinha sim senhor! Tinha batata? Tinha sim senhor! Era bacalhau com natas? Não meu rico senhor, não era.
Eu passo a explicar, aquilo estava bom e bem confeccionado mas parecia-se tanto com bacalhau com natas como um ovo se assemelha a um espêto.
Vinha servido dentro de um pão grande em forma de bola escavada com o bacalhau, as natas e as batatas lá dentro, fazia um belo efeito, mas evidentemente não podia ir ao forno e para além disso o bacalhau não era seco mas sim fresco.
Nao fiquei decepcionado porque apesar de não ser aquilo que eu estava a pensar se revelou bastante bom.
Para sobremesa mandei vir uns fios de ovos, vinham dentro de umas tartezinhas e deitaditos numa caminha de côco ralado.
Acompanhei isto tudo com 2 cervejas da internacionalmente famosa marca Sagres e fiquei como um paxá.
Tenho a acrescentar que o local era bastante bom e o ambiente, decoração etc também, os empregados, jovens, atenciosos, delicados e falavam inglês com bastante fluência, para além disso, a coparia assim como a prataria e o ferramental eram de boa qualidade e revelavam alguma originalidade.
Isto tudo custou-me a exorbitância de 28 euros ou 75 reais, mas como esta era exactamente a quantidade de patacas que eu ainda tinha e de que me queria livrar já que a pataca não é convertível ( é para o dolar de Hong Kong penso eu, mas eu queria ter uma boa refeição e tive-a ).
O voo com a Airasia correu como o de ida, magnífico e sem problemas e convenhamos que pedir 80 euros ou 200 reais por um vôo que dura no total, ida e volta, 5 horas é de facto muito barato.
Chegado ao aeroporto apanhei um táxi, fresquinho claro, todos os táxis na Tailândia têm ar condicionado e que me levou por uma corrida de quase 40 km, e que para além do que marcava o taxímetro paguei uma importância de taxa de aeroporto e mais duas portagens em dois troços de via rápida, tudo por junto menos de 8 euritos ou 20 reais, isto é mesmo terra de vida barata.
Tinha-vos dito ontem que só vos iria escrever de Krabi, mas afinal de contas como cheguei muito cedo, vim de autocarro num serviço arranjado lá na rua do meu hotel e paguei 2 euros e pouco ou 6 reais. Descobri aqui no aeroporto um café Internet e resolvi contar-vos a história que ontem o miserável do PC me roubou.
Ainda não são 7:00 da manhã e o meu avião para Surat Thani só parte às 9:00, pelo que tenho muito tempo para estar por aqui a escrever-vos enquanto espero pelo check-in.
Os empregados do aeroporto entretanto já me conhecem o nome e tratam-me por tu, em 8 dias é a quarta vez que venho a este aeroporto.
Falando um pouco sobre o aeroporto, é novinho em folha, foi inaugurado há mês e meio, é impecável, muito limpo, enorme, mas de facílima compreensão, dispondo de todas as amenidades de um aeroporto de nível internacional.
A razão porque eu vou voar para Surat Thani é que o vôo, ( outra vez com a Airasia ) me custa sómente 30 euros ou 80 reais e poupa-me uma viagem de combóio de algumas 12 horas.
Um abraço

Henrique

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