Histórias do reino do Siao - 17
Meus amigos,
há uns anos atrás, o governo ( ou o ministério do turismo ) tailandês lançou uma campanha publicitária bem sucedida que dizia: Thailand, the land of smiles ( Tailândia, o país dos sorrisos ). A campanha foi tão bem sucedida que muitos estrangeiros que aqui vivem ou que visitam regularmente a Tailândia lhe chamam simplesmente LOS ( land of smiles ).
Os tailandêses parece terem descoberto a fórmula mágica para resolver todos os problemas, ou seja sorriem.
Um tailandês não sabe comunicar contigo porque ele só fala tailandês e tu não sabes uma palavra nessa lingua? Não há problema! Ele ou ela sorriem-te.
Um tailandês vai tranquilamente na sua motoreta estrada fora e encontra-te, vai daí ele sorri. Tu vais a atravessar a estrada e porque o trânsito é pela esquerda e tu olhaste para o lado "errado" e de repente um carro teve de parar para não te atropelar, o condutor não insulta a tua família até á quinta geração, não, nada disso, ele trava e sorri-te, tu sorris de volta e o mundo está de novo em ordem. O sorriso é no tailandês uma coisa natural, não é o riso, eu falo do sorriso e acreditem-me não é um sorriso amarelo implantado, é mesmo genuíno.
Até agora ainda não vi uma única vez um tailandês a gritar ou sequer a falar alto, isto tem muito que se lhe diga e eu estou um pouco apertado pelo tempo, mas prometo voltar a este assunto porque é importante, noutra altura. Isto do perder a compustura ( foi uma tradução minha do inglês "losing the face") é uma coisa muito importante para tentar compreender um pouco do carácter do tailandês, por isso eu vou retornar a este assunto, podem estar seguros.
Mudando muito de assunto, a senhora aqui do café/agência de viagens, se não fosse tailandesa já me estaria a olhar com olhares assassinos, isto se não fosse tailandêsa, como é tailandêsa diz-me em tailandês que não há problema e óbviamente, sorri. Ela já tinha a loja fechada e veio só abrir por minha causa, por já me conhecer, somos velhos amigos desde ontem.
Hoje de manhã tomei a minha primeira banhoca tailandesa, a água, ou direi melhor aquela sopa quente em que eu tomei banho, clarinha e tranquila, a rebentação é enorme, para aí uns perigosos 3 ou 5 centímetros, é a primeira vez na minha vida onde estou ao pé do mar e o mar não se ouve, o mar não tem ondas, quer dizer tem, mas tão suaves que aquele marzão imenso mais parece um gigantesco lago.
Depois disso e por ser a primeira vez, não quis, nem posso estar muito tempo ao sol, andei por aí passeando e eis senão quando estava eu pézinho aqui pézinho acolá passeando estrada fora, começou a chover e eu tanquilamente como quem não quer a coisa mas quer, fui continuando estrada fora e a chuva foi continuando a cair, não era uma chuvada intensa, mas era um chuvisco que ia caindo com alguma intensidade, e a coisa foi prosseguindo e eu fui notando que práticamente não me molhava, a estrada estava molhada, eu tinha alguns pingos na roupa, mas não estava encharcado até aos ossos, isto ao fim de uma hora ou isso.
Passado algum tempo, talvez hora e meia a chuva parou e cinco minutos depois eu estava completamente seco como senão tivesse estado o tempo todo debaixo de chuva.
Ao jantar resolvi meter-me em despesas e comer um peixinho fresco que se estava a rir para mim e que foi grelhado e acolitado de salada e arroz à parte e me custou a exorbitância de 4 euros ou 10 reais, excluindo as bebidas.
Depois de jantar pus-me à conversa com um casal de alemães e um casal de suíços e só interrompi a boa conversa e boa bebida para vos vir aqui dar novas e mandadas, eu sacrifico-me tanto por vocês e vocês pobres e mal agradecidos tratam-me tão mal.
Bom, antes que a senhora perca definitivamente a compustura, estou a brincar, ela foi-se embora e deixou-me aqui sózinho mas não quero abusar, por isso vou-me despedir.
Abraços e amanhã há mais.
Henrique
há uns anos atrás, o governo ( ou o ministério do turismo ) tailandês lançou uma campanha publicitária bem sucedida que dizia: Thailand, the land of smiles ( Tailândia, o país dos sorrisos ). A campanha foi tão bem sucedida que muitos estrangeiros que aqui vivem ou que visitam regularmente a Tailândia lhe chamam simplesmente LOS ( land of smiles ).
Os tailandêses parece terem descoberto a fórmula mágica para resolver todos os problemas, ou seja sorriem.
Um tailandês não sabe comunicar contigo porque ele só fala tailandês e tu não sabes uma palavra nessa lingua? Não há problema! Ele ou ela sorriem-te.
Um tailandês vai tranquilamente na sua motoreta estrada fora e encontra-te, vai daí ele sorri. Tu vais a atravessar a estrada e porque o trânsito é pela esquerda e tu olhaste para o lado "errado" e de repente um carro teve de parar para não te atropelar, o condutor não insulta a tua família até á quinta geração, não, nada disso, ele trava e sorri-te, tu sorris de volta e o mundo está de novo em ordem. O sorriso é no tailandês uma coisa natural, não é o riso, eu falo do sorriso e acreditem-me não é um sorriso amarelo implantado, é mesmo genuíno.
Até agora ainda não vi uma única vez um tailandês a gritar ou sequer a falar alto, isto tem muito que se lhe diga e eu estou um pouco apertado pelo tempo, mas prometo voltar a este assunto porque é importante, noutra altura. Isto do perder a compustura ( foi uma tradução minha do inglês "losing the face") é uma coisa muito importante para tentar compreender um pouco do carácter do tailandês, por isso eu vou retornar a este assunto, podem estar seguros.
Mudando muito de assunto, a senhora aqui do café/agência de viagens, se não fosse tailandesa já me estaria a olhar com olhares assassinos, isto se não fosse tailandêsa, como é tailandêsa diz-me em tailandês que não há problema e óbviamente, sorri. Ela já tinha a loja fechada e veio só abrir por minha causa, por já me conhecer, somos velhos amigos desde ontem.
Hoje de manhã tomei a minha primeira banhoca tailandesa, a água, ou direi melhor aquela sopa quente em que eu tomei banho, clarinha e tranquila, a rebentação é enorme, para aí uns perigosos 3 ou 5 centímetros, é a primeira vez na minha vida onde estou ao pé do mar e o mar não se ouve, o mar não tem ondas, quer dizer tem, mas tão suaves que aquele marzão imenso mais parece um gigantesco lago.
Depois disso e por ser a primeira vez, não quis, nem posso estar muito tempo ao sol, andei por aí passeando e eis senão quando estava eu pézinho aqui pézinho acolá passeando estrada fora, começou a chover e eu tanquilamente como quem não quer a coisa mas quer, fui continuando estrada fora e a chuva foi continuando a cair, não era uma chuvada intensa, mas era um chuvisco que ia caindo com alguma intensidade, e a coisa foi prosseguindo e eu fui notando que práticamente não me molhava, a estrada estava molhada, eu tinha alguns pingos na roupa, mas não estava encharcado até aos ossos, isto ao fim de uma hora ou isso.
Passado algum tempo, talvez hora e meia a chuva parou e cinco minutos depois eu estava completamente seco como senão tivesse estado o tempo todo debaixo de chuva.
Ao jantar resolvi meter-me em despesas e comer um peixinho fresco que se estava a rir para mim e que foi grelhado e acolitado de salada e arroz à parte e me custou a exorbitância de 4 euros ou 10 reais, excluindo as bebidas.
Depois de jantar pus-me à conversa com um casal de alemães e um casal de suíços e só interrompi a boa conversa e boa bebida para vos vir aqui dar novas e mandadas, eu sacrifico-me tanto por vocês e vocês pobres e mal agradecidos tratam-me tão mal.
Bom, antes que a senhora perca definitivamente a compustura, estou a brincar, ela foi-se embora e deixou-me aqui sózinho mas não quero abusar, por isso vou-me despedir.
Abraços e amanhã há mais.
Henrique


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